domingo, 8 de junho de 2008

Aprenda a Organizar Um Show - Com Alê Barreto



O Alexandre Barreto, ou simplesmente Alê Barreto, é produtor cultural desde 2003. Desenvolveu trabalhos com músicos da cena independente, alternativa de Porto Alegre, como Antonio Villeroy, Bataclã FC, Pata de Elefante e etc. Também participou da produção de eventos de grandes dimensões no cenário nacional. Desde abril deste ano ele trabalha no Grupo Nós do Morro no Rio de Janeiro.
Formado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing, Alê Barreto veste a beca de Produtor ou Agente na Área do Marketing Cultural. Esta experiência acadêmica e pratica o produtor transformou em texto. Primeiramente publicados na internet (Overmundo) os textos da série Aprenda a Organizar Um Show, viraram agora um precioso guia para músicos, produtores e empresários.
Conversei com o Alê e também com os editores responsáveis pelo lançamento do livro, começamos o papo com o autor, posteriormente posto a palavra do pessoal da Imagina Editora.


Corja:Parte do livro, ou quase sua totalidade, já foi publicada na internet,por que lançar também o livro "físico"?
Alê Barreto:
A publicação na internet atende a duas questões que considero fundamentais para todos os profissionais que trabalham com cultura:compartilhamento da informação e distribuição do conteúdo de forma livre. A publicação do livro físico permite a quem não tem acesso à internet possa também usufruir deste conteúdo.

Cor Já:O conteúdo do livro é destinado pra quem se aventura no mundo daprodução em que nível? Ele é direcionado mais especificamente a quem?
Alê da Independência:
O livro é destinado a músicos e produtores iniciantes. Apesar disso, recebo muitos e-mails de profissionais do teatro, dança, audiovisual que dizem estarem utilizando os conteúdos dos livros para organizarem seus projetos e eventos.

C: A coisa melhorou muito com o advento da internet, a mudança do sistemade distribuição de objetos culturais. Parece que o paraíso de quem
fazia cultura independente a 15 anos atrás se materializou. Também não
chega a tanto mas a coisa melhorou, ou não?
A. B.:
A questão é complexa. Acho cedo para comentar que piorou ou melhorou. Acho no fundo que aconteceu as duas coisas: melhorou e piorou. Melhorou em relação à possibilidade de você ter acesso aos meios de produção do conteúdo. Sua casa agora é uma editora, uma gravadora, uma produtora de filmes. Piorou porque todo o acréscimo na produção deconteúdo, por conta da facilidade das novas ferramentas tecnológicas, aumentou a demanda de canais de distribuição e estes continuam bastante concentrados.

Corja:Visando um mercado independente viável tu também desenvolve outros projetos como o blog produtor independente, oque o internauta encontra por lá?
Alê:
Basicamente irá encontrar referências que considero fundamentais para uma formação multidisciplinar para trabalhar nas áreas da produção cultural. Aponto ali muitos links e trabalhos que considero importantes para uma formação sólida. Ser produtor independente não é passar a noite em pubs discutindo a cultura alternativa. Tem que estudar. E estudar a vida inteira. Eu estou começando e acho que não vou parar nunca de estudar.

Qual é o passo objetivo que o produtor independente precisa dar pra não ser confundido com produtor amador?
Para mim, produtor amador ou produtor iniciante é a mesma coisa. Não acha que a gente deva se preocupar tanto em não ser amador. Se você está iniciando, tem que assumir que é amador. O importante é aprender o que você precisa para ser um profissional competente no que faz
O lance é colocar lá entre os seus favoritos os trabalhos do cara na rede, e também buscar o livro.

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