quarta-feira, 26 de março de 2008

Os Boçais - O Filme

É aniversário da cidade de Porto Alegre 236 anos. Pra comemorar, ou apenas lembrar a data, um matéria feita para o programa Radar da TVE-RS com o diretor Lufe Bolini do curta " Os Boçais ", e também com o Matheus Walter que atua e também ajudou a criar a trilha do curta. O filme, como o próprio título suger é uma grito contra a boçalidade que se alastra pela cidade. Na real é um radukem na boçalidade.

Show de Lançamento "Timbres Não Mentem Jamais" Marcelo Birck


Marcelo Birck ,figura que não podemos deixar de reverenciar em um site dedicado (entre outros temas) à música produzida na década de 90, está lançando novo disco "Timbres Não Mentem Jamais" segundo em carreira solo. Birck que idealizou a Graforréia Xilarmônica, logo em seguida ainda nos anos 90 fundou o grupo Aristóteles de Ananias Júnior, sobe ao palco no dia 28/03 para mostrar as novas composições e relembrar um pouco de sua tragetória musical.

O Blog do Marcelo "Eletrolas, Currículos e Ornintorricos" você pode conferir músicas de várias fases da carreira do artista, além de informações gerais e sobre o show de lançamento.

Pra ter uma idéia, a seguir material retirado lá deste blog maneiro.


"Show de Lançamento do CD
Meus caros, dia 28 de março (uma sexta-feira), 20h, no Teatro do SESC Porto Alegre (Alberto Bins, 665), show de lançamento do CD "Timbres Não Mentem Jamais", patrocinado pelo
Programa Petrobrás Cultural (através da Lei Rouanet). Além deste que vos tecla, integram a banda Alexandre Birck (bateria), Bruno Alcalde (guitarra) e Moysés Lopes (baixo e laptop). No repertório, obras de toda a carreira, passando por Graforréia, Atonais e Aristóteles de Ananias Jr. Ingressos a 15 pilas, 23 pra quem levar o CD. Antecipados a R$ 10,00 no Music Box Estudio (Benjamin Constant, 1544, Porto Alegre). Para os que gostam de cantar junto, segue a lista das músicas a serem apresentadas (a maioria delas você pode escutar aqui):
01. Ié-Ié-Ié0
2. Rastros de Um tempo Vertical0
3. Tricicloscópio0
4. Em Amplitude Modulada0
5. Fúlvio Silas0
6. Pagode Acebolado0
7. Muito Mais Além0
8. Surf na Pororoca0
9. O Meu Cigarro
10. Passing By
11. Filme Surf
12. Canibalismo Odara
13. A Técnica do Baixo Elétrico
14. Tchap Tchura
15. Biquínis Em Versos
16. Cyber Surf
17. Eletrolas
18. Chamas do Inferno
19. Skylab
20. Amigo Punk
21. Vanguarda Jovem"

terça-feira, 25 de março de 2008

Marcelo Birck - Ié - Ié - Ié do Oiapoque ao Chuí (Bate-Papo)

Dissonâncias, atonalismo, Jovem Guarda, vanguarda eletrônica. Mais uma vez sentei com Marcelo Birck em uma praça (minha primeira entrevista com ele também foi em uma praça, acredito que o Birck curta esse clima de pique-nique) e conversamos sobre os rumos que a carreira deste grande nome do rock gaúcho tomou. Invariavelmente nossas conversas ( não considero mais do que isso, pois entrevista dá um sisudo pra uma coisa que é super descontraída) se estendem muito além do publicável. Curiosidades de fã que acompanha o desenvolvimento de um trabalho desde lá dos longínquos anos 90. Década muito cara a este site. Período fundamental para a formação musical e pessoal deste que escreve. Engraçado porém, é o tom com o qual o Marcelo conversa comigo. Algo do tipo "papinho trivial com amigo de esquina". algo parecido com a conversa que levo contigo agora. Tu quem eu não tenho a menor idéia de quem seja, mas que acredito que possamos compartilhar idéias e ideais.
Parte deste bate-papo virou matéria a ser exibida no programa Radar da TVE-RS, outra parte segue aí. Arranja um espaço e senta aí pelo chão também, e participa desta roda de prosa sob o sol ameno de final de verão em Porto Alegre.

Vanguarda Jovem
Marcelo Birck: O ponto focal do meu trabalho é justamente uma interação com referências que a princípio seriam de conflito com esse material. No inicio dos 80 quando eu comecei a tocar eu tomei contato ,por acaso, com a música de vanguarda do séc. XX e pensei: Como assim? O que esses caras tão fazendo? a minha impressão foi rejeitar, era uma coisa esquisitissíma. Mas eu fiquei tão intrigado com fato das pessoas estarem fazendo aquilo, e eu pensei tá qual é o propósito de se fazer uma música dessas? E eu me interessei em conhecer, e fui indo mais a fundo,buscar coisas diferentes. Atrás dessas informações eu acabei fazendo a faculdade de composição aqui na UFRGS ( Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e durante muito tempo foi um grande conflito. Afinal de contas o que é que eu faço? Será que eu faço rock, Jovem Guarda, ou eu faço musica de vanguarda? Até que um dia me deu um "click": eu faço as duas coisas.
E eu acho, pra mim, o grande barato de trabalhar nessas composições é justamente administrar esse paradoxo da coisa culta, refinada, de pesquisa com outra que visa a comunicação direta. Ou seja, seria o meu lado fazedor de hits e um lado pesquisador que se encontram no meu trabalho solo.



Quem morreu foi o artista e não o cd
M. Birck: Realmente eu não posso me queixar da aceitação que esse meu primeiro cd teve, ate´porque hoje em dia esse retorno é muito indireto. Não é só questão de venda do dinheiro que o cara te dá diretamente pela compra, ele coloca em circulação diversas coisas. Eu toquei em dois festivais que foram muito bacanas. O "Isso É Música" em 2004 no Rio de Janeiro, e no TIM Festival em 2006, que foram duas experiências ótimas. Então tem essa parada, a gente tem que saber muito a que público chegar, o que aquele cd vai estar colocando em circulação, de que maneira a gente pode trabalhar ele, uma coisa que vai muita além do cd estar na loja. Hoje em dia essas relações econômicas pra arte, pra música em geral mudaram muito.
Hoje em dia o público é tão segmentado, e a gente tem tanto feed back de várias formas, é internet, emails, tv, rádio. Se a gente vai pensar em todas as divulgações possíveis pra se fazer hoje em dia, coisa que há dez anos atrás era uma coisa incipiente. Os critérios mudaram e muita gente ainda não sabe como lidar com isso. A questão de gravadora, muita gente diz: o cd morreu. Eu não acho que o cd morreu. O cd adquiriu outras funções, e particularmente eu acho que não tem nada a ver com mídia. No meu entender é uma grande ilusão imaginar que a interatividade vai tomar conta de tudo. Até porque a interatividade é uma coisa muito cansativa. Então me parece que esse papo de que o cd morreu é uma desculpa das gravadoras que não sabem o que fazer, e estão procurando um motivo pra usar como desculpa por não saber trabalhar a coisa. No meu entender o que acontece é que durante vários anos as gravadoras ignoraram o lado artístico, levaram em consideração apenas o lado burocrático-contábil da coisa. E claro chegou uma hora que o cd simplesmente não vale mais por que aquele produto não vale a pena ser consumido.Mas por outro lado eu creio que um produto autoral, numa mídia razoavelmente fechada como o cd, ele continua a ter seu valor. Essa crise no mercado é responsabilidade das gravadoras terem negligenciado de maneira tão radical o lado artístico da coisa.

Conheça mais do trabalho de Marcelo Birck em: http://marcelobirck.blogspot.com/

M.i.P.v No Rj

Banda bem bacana do Laurão, figura muito querida e talentosa aqui dessas plagas. Som estradeiro e virtuosismo minimalista. Quem estiver pelo Rio não pode perder, quem estiver pela rede confere por aqui mesmo.
Primeiro a divulga da agenda da dupla. Segue email recebido por mim escrito pela Laura L.

"Músicas intermináveis
para Viagem
(M.i.p.V)

banda de trip rock instrumental
de Porto Alegre (RS)

se apresenta ao vivo no programa
Atitude.com (TV Brasil-Rio de Janeiro), dia 28/03, sexta-feira, às 18h,


e faz show no Rio, dia 29/03, sábado,
no Audio Rebel
(R. Visconde Silva, 55, Botafogo)

+ as bandas cariocas Choose a Life e Do Amor

a partir 18h

Ingressos: R$ 8 e R$ 6 (lista amiga) "

Ficou ciente do assunto agora assiste o clipe do som que faz parte da trilha do filme 3 Efes de Carlos Gerbase.




www.myspace.com/mipv
www.youtube.com/musicasinterminaveis

musicasinterminaveis@yahoo.com.br

domingo, 23 de março de 2008

Voltanto e volteando

Eitcha nóis!! Retomando o controle sobre as vontades do corpo e da mente vamos pondo a prosa em dia. Faço melhor, vou mais a fundo. Vamos a uma retrospectiva do primeiro ano corjeano.
Estamos no ar desde maio do ano passado, no mesmo mês também colocamos o projeto Noite da corja na rua. Com forte adesão das bandas independentes do RS. Grupos recém formados, bandas com algum experiência nos palcos gaúchos e nacionais, com bom público, com poucos pagantes rolou de um tudo ( como diria a minha mãe). O saldo disto é poder comprovar que: se a coisa está meio devagar na cena cultural da cidade não quer dizer que estão todos de braços cruzados, sentados esperando o pior ou dias melhores. As edições de dezembro, janeiro e fevereiro tiveram um bom público, que prestigiar grandes apresentações. Contrariando o que a maioria pensa o período de supostas férias, momento no qual Porto alegre estaria fazia e todos pensando apenas em praia e Carnaval. A aposta era exatamente esta fugir do esperado e do óbvio.
Aqui pelo site apesar do meu esforço algumas coisas capengaram, mais isso não vai ficar assim. Ah não vai. Nosso podcast que deu uma estacionada volta muito mais incrementado com mais entrevistas, músicas e coisas bacanas e melhor com periodicidade definida. Novos vídeos serão produzidos exclusivamente para o site além das gravações feitas nas edições da noite da corja.
Enfim a coisa está fluindo, obviamente graças ao apoio da galera que passa por aqui lê, assiste os vídeos, escutas os som pinta nos eventos. Pensando nesse povo que a partir de maio deste ano, quando comemoraremos o primeiro aniversário do projeto, está prevista uma série de reformas no site e na Noite da Corja. Um presente pra tornar mais fácil a missão de nos aturar, ou não. De qualquer forma estamos aí e “conosco ninguém podemos”?

terça-feira, 4 de março de 2008

Que Tal Um Choque Pra Voltar À Rotina Com A Pilha Toda

Ta bom, eu assumo. Fiz mó discurso do tipo: sem parada pras férias; passar Carnaval trampando e tal. Mas fui acometido de súbita vagabundice, que foi coisa muito triste. Na real um momento de dedicação total à família. Porém acabaram-se as férias, graças a Deus ou a seus subordinados na terra que inventam milhares de regras usando seu nome, o Carnaval rolou mais cedo liberando o ano 'oficial' a começar antecipadamente também e estamos aqui de volta.
Bem-vindo ao pesadelo da realidade mano.
Pegando o bonde das coisas que vão rolando no calendário oficial da nação, neste caso do estado do RS, é época de Festa da Uva. Momento mais que propício para revermos o episódio da uva elétrica do Se Lasi Êh Martins. E cá pra nós, nesses últimos dias vi o cara contente por estar se instalando uma Termo-elétrica no RS, feliz por podermos usufruir da energia mais suja que se pode produzir no planeta, através da queima de carvão mineral. No mesmo comentário ele largava outra, que pra coisa melhorar só faltava liberar as "papeleiras" que tentam se instalar no estado funcionarem a pleno vapor. Com todo este cuidado com o meio ambiente, e este interesse em uma economia através da sustentabilidade, em breve todas as uvas da Serra Gaúcha vão estar dando choque mesmo. Mas, se delas der pra produzir um bom vinho com um bom preço de mercado tudo bem. Azar de quem vai as colher. Que sejam o careca e sua colega apresentadora de sangue frio, a mulher parece o Cel Bradock não se abala diante da tragédia!!!!