terça-feira, 31 de julho de 2007

O Quase Velho Megadeth de Novo

Originalmente publicado no Blog do Programa Radar


A crítica especializada (crítica especializada é o maior barato) aclamou o álbum "United Abominations" do Megadeth como a redenção do grupo, a volta ao bom e velho thrash-metal noventista. Na verdade acredito que a assessoria de imprensa do Dave Mustaine foi quem forjou essa idéia do "novo velho". Sim, por que o melhor do Megadeth já foi, ou estar por vir. Trabalhando em cima da expectativa dos milhões de fãs de alguns dos melhores discos do thrash noventista, os releases divulgados à imprensa foram certeiros: Pá, Megadeth volta ao Thrash. Teve nêgo que lembrou de "Holy Wars" se comoveu e correu pra escutar o disco novo dos caras. O que, nunca ouviu falar em "Holy Wars"? Tá Metallica você conhece? Hum, vagamente. Então assim, vá ler outra coisa. Calma brincadeirinha.
No começo dos anos 90 o Metallica era grande a banda do som pesado, o estandarte do thrash-metal. Dave Mustaine foi um dos fundadores do grupo, posteriormente passou a ser um dos "afundadores" da banda. O cara saiu, ou foi saído, da banda logo no seu começo daí pra frente nutriu o mais profundo ódio de Hatfield e sua turma. Só isso já era o suficiente pra chamar a atenção, mas além disso o Megadeth era bom. Mustaine era criativo e dono de um estilo inconfundível de tocar guitarra e cantar, também era, ou é, a antipatia em pessoa. A banda lançou discos seminais para a música dita pesada. Depois de várias trocas de formação a banda já não era lá essas coisas.
"Unitede Abominations" é sim ,depois de várias tentativas frustradas, um resgate do que o Megadeth já foi, mas se comparado a discos como "So Far, So Good... So ..."(1988) ou "Rust In Peace" (1990), meu irmão a coisa fica feia. Longe da farofada hard-rock dos últimos discos do grupo ele passa, mas também do thrash daqueles discos que eu citei passa arranhando.
Eu resumo a coisa toda desse jeito a música que eu considerei mais bacana, veja bem eu disse eu, é música a de trabalho do disco "A Tout le Monde", uma cover deles mesmos. A música é originalmente do disco "Youthanasia" (1994), agora muna versão com a participação da vocal do Lacuna Coil. É metal pra festa de aniverssário, quase um pop metal mas me preceu sincero (se é que isso existe no mainstreaming). No resgate do thrash, a menos thrash é a mais legal, e eu falo tanto em som pesado e gosto das farofadas, fazer o que.
O clipe de "A Toul Le Monde" já está rodando na programação do Radar, e pra você assistir a hora que lhe der na telha aí tá ele. O clipe da primeira versão na época foi censurado pela MTV.
Ah, se o "United Abomination" é um bom disco, ou se os seu antecessores recentes eram muitos ruins. Ou se "United Abomination" é um disco bom, mas seu antecessores dos anos 90 eram excelentes. Escute todos os discos que puder do Megadeth e tire sua conclusão, ou arranje uma resposta pronta em release ou na crítica especializada ( ai, ai, ai crítica especializada é o maior barato).



Outros vídeos em www.youtube.com/corjatv

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Garfada da Grafar


A vida segue na mui leal e valorosa Porto Alegre.
Mais uma charge "garfada", ou seja roubada mesmo. Do blog do grafista Kayzer.
Essa é mais uma, porém indo a fonte la´no blog do cara tu acha muito mais, também o blog da Grafar te oferece um cardápio belezinha de charges, cartoos crítica e humor.

Freak Brotherz - Tudo ao Contrário

Brothers freaks lá de Pelotas, fortificando as alianças. No bom estilo noventista, crossover dos bão é o som dos guris. Na estrada desde 98 o som dos guris está bem mais depurado, mais elementos no cladeirão de ritmos dos Freak Brotherz , mais ainda vale reassaltar o funk e o hard-core.É noventismo ou não é? Ou éTudo ao Contrário.


Mais Freak Brotherz e outras coisinhas em www.youtube.com/corjatv

N.I.C

Muita gente faz aqui pela cidade. Quando digo faz é faz mesmo, por que muita gente boa diz que faz, ou pensa que faz. Quando quantifico dizendo que é muita, na verdade são poucos perto dos muitos que dizem que fazem, porém estes poucos fazem muito barulho. Barulho também faz o cochicho dos que não fazem nada mas reclamam muito. Reclamam de quem faz e de quem pensa que faz e até de quem pensa em fazer.
E tu? Tu mesmo. Faz , pensa que faz ou reclama? Com relação ao que eu estou falando? Tô falando da vida. O que você curte? O que você faz por isso? Hummm.
Muito bem eu vou te apresentar o pessoal do Núcleo Independente de Cultura, aí depois cê me diz se faz ou não faz algo pela sua vida (não vou nem citar algo pela vida dos outros). Dou a palavra a eles.

MANIFESTO PÚBLICO
Artistas independentes de Porto Alegre estão promovendo um manifesto contra a privatização do Auditório Araújo Viana e a falta de diálogo da Secretaria Municipal de Cultura, que está entregando para uma produtora privada a coordenação de um dos poucos espaços públicos acessíveis para os músicos locais e manifestações populares.Sob a alegação de não ter verbas para as reformas necessárias que viabilizarão a reabertura do espaço, a prefeitura está passando para terceiros a administração do local ao invés de ela mesma trabalhar para resolver os problemas que ali ocorrem.O Auditório Araújo Viana é um bem público, que deve beneficiar a população e manter o acesso popular, e entendemos que a concessão de 75% da programação para ser explorada comercialmente por uma empresa, sem a consulta popular ou a realização de um plebiscito, é uma atitude autoritária e que parece carregar interesses que não os da comunidade.
Propomos:Um diálogo com a comunidade artística de Porto Alegre sobre as dificuldades que enfrenta o Auditório Araújo Viana e uma busca conjunta de soluções, além de ações transparentes por parte da Secretaria Municipal de Cultura, que deve esclarecimentos para toda a população sobre o processo de privatização realizado e sobre os projetos para a futura utilização deste espaço público.O cancelamento do contrato com a produtora Opus, que foi feito através de uma licitação realizada de modo irregular.Que sejam buscadas formas de arrecadação de verbas para a reforma do auditório, de modo que a coordenação do espaço continue sendo feita pelo município e, conseqüentemente, por sua comunidade. (verbas federais, parceria público/privada, leis de incentivo).Defendemos que a coordenação da utilização do espaço seja feita exclusivamente pelo poder público.
Núcleo Independente de Cultura

Esta é a posição dos caras em relação a um assunto que afeta a ti também, não tinha nem pensado nisso. Hummm, até quando alguém vai ter de pensar por ti? Cuidado com quem ocupa o terreno infértil das cabeças.
No blog do N.I.C tem muitas outras coisas pra ler e pensar, ou fazer, ou pensar em fazer, ou reclamar...

domingo, 22 de julho de 2007

Blog da Grafar

O Tinta China é o blog da Garafar (Grafistas Associados do Rio Grande do Sul) lá estão postados trabalhos já publicados em outros veículos, ou trabalhos como eles mesmos citam impublicáveis. E tem mais, se não estiver publicado lá você encontra link pra encontrar muita gente legal, não só aqui do estado como do mundo a fora.
Se você pensa que charges como a do lado poderiam estar em qualquer jornal, revista ou site do país você é muito ingênuo. Se acredita que com um bom traço, uma boa idéia você publica em qualquer , que vence o talento, você não é ingênuo é ignorante mesmo. Ignorante por desconhecer, por não perceber a triste realidade da mídia internacional.
O compromometimento da Grafar é com a arte a serviço da ideologia. Sem rabo preso, sem patrão, só a cabeça e a alma pra comandar.
Alguns dos outros lados da história. Passa lá todos os dias. Total garantia de risadas ou lágrimas. grafar.blogspot.com

sábado, 21 de julho de 2007

O Formidável Foguete Noventista do Garagem Hermética


Se o Corja se propõe a falar de gauchismo e noventismo não posso deixar escapar esse tópico: Garagem Hermética. Bar fundamental em vários aspectos para o fortalecimento daquele cena udigrudi que pintava nos anos noventa.
Na virada dos oitenta pros noventa uma nova onda estava pintando em Porto Alegre. Depois de seguir o que rolava na gringa, sempre com aquele clássico atraso de tempo. Como alguns mais metidos à besta costumam dizer "tudo que sai lá fora demora no mínimo uns cinco anos pra chegar no Brasil". A gurizada de hoje em dia não consegue entender quando alguém diz uma coisa dessas, mas há uns vinte anos atrás era verdade. Com certeza esta idéia de "delay cultural" pegou e ainda vigora. Mesmo num mundo globalizado, ou melhor linkado. Mas ali, no comecinho dos noventa parecia que a coisa no mundo tinha ficado meio devagar. Não era mais punk, não queria ser pop, tava meio cansado dos setenta, os oitenta foram divertidos mas e aí?
O lance era inventar. Cada qual a sua maneira, pega um pouco de funk daqui, um pouco de punk dali. De repente novas levadas com velhos ritmos rearranjados. E desta vez a parada rolou quase que simultaneamente no rock alternativo internacional, nacional e regional. Pra dar vazão a essa galera, que queria o novo, novas propostas de espaço foram surgindo. Alguns já estavam na batalha como o Ocidente e o Porto de Elis que acolheram na boa essa nova, e por vezes não tão nova assim , leva de artistas. Outros se firmando ou surgindo no meio do turbilhão. Desse segundo caso o Garagem é o mais emblemático.
Toda a proposta corjeana gira em torno de lembrar e respingar um pouco da sujeira daqueles anos no quadro de cores pálidas dos dias de hoje. Sem querer voltar no tempo, só se for uma volta pro futuro. Quem já leu nossos editorias do site e do pocast sabe do que estou falando. Quem acompanha os textos aqui publicados também sabe que aqui se faz destacar uma visão com relação aos fatos. Que aqui mora "uma" verdade, que é contemplada por um ponto. Sendo assim.
Qual dos ângulos posso destacar sobre o Garagem? Comentando os shows que vi por lá? Lembrando as apresentações que fiz por lá com algumas bandas? Minha relação como músico, no célebre embate: músicoXdono de bar?
Nenhuma delas e todas elas, ou quase isso. Lá por noventa e dois, ano que o bar abriu seu portão pra galera subir a escadinha e chegar junto adentrando o casarão, eu fazia parte da banda The Thing. Banda que queria o mesmo que a maioria das outras bandas época queriam. Soar diferente, então como outras bandas misturava trash, funk,metal,rap, samba. Legal era que muitas bandas tinha como definição os mesmo estilos e realmente soavam diferentes, como nossos ídolos. Body Count e Biohazard. Red Hot e Faith no More. Nosso programa de sábado era o seguinte: ensaio no Estúdio Bizz marcado para o último horário da planilha das 22h às 00h. Claro rolava um pré aquecimento em alguma esquina do morro Santo Antônio regada a vinho. O ensaio já era um programa a parte. No ensaio dos sábados entravam no repertório apenas as músicas que precisavam de finalização ou eram smplismente repassadas mesmos. O grande objetivo do ensaio era fazer um "pocket show". Chegávamos com uma galera que ia se ajeitando de qualquer jeito pelos cantos do estúdio. Garrafas em punho e de mão em mão é obvio. A Lúcia dona do Bizz entrava no clima. Algumas talagadas e o estúdio já estava de portas abertas som rolando alto, luzes apagadas sala iluminada apenas por velas. Total imprudência com o equipamento.
Nesse embalo o ensaio marcado pra acabar as 00h encerrava às 02h da manhã. Dali parte do pessoal embarcava no fiat147 da Lúcia, umas dez por vezes mais, e rumava para o Garagem. O povo que sobrava cruzava a Santana a pé, o que também era interessante pois significava algumas várias paradas para calibragem etílica.
Chegando no bar era aquela alegria do reencontro comemorado com mais algumas cevas, como se fisesse alguns anos que o pessoal não se via. "Kilin in the name" no som e a pista era só nossa, Beastie Boys loucura e devaneio predominavam. Dançava até quase desmaiar, às até desmaiava mesmo. Mas claro, guardando energia pra volta, que como a ida era a pe, com a desvantagem de ser morro acima. Uma tática usual de um amigo meu era lá pelas 5h da manhã se recostar em um cantinho e ali ficar até a hora de ir embora. Curtindo um soninho revitalizador, ninado por Smashing Pumpkins e Breeders.
Essas são as melhores impressões que eu tenho do Garagem, se a trinca de sócios do bar nos achava apenas desordeiros que não pagavam pra entrar e pouco consumiam no interior do bar, essa é outra história. Outra histórias. Muitas histórias. De época diferentes do bar. Dos melhores e piores momentos você encontra no blog do Leo Felipe um dos sócios fundadores do bar Garagem Hermética.
Se você lembra, não conheceu ou simplesmente não se satisfaz apenas com uma história como a que acabei de contar, e assim espero, passe lá pelo foguete formidável do Loezinho. Por que outras histórias eu só conto em juízo acompanhado de meus advogados.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Locomotores

Pensei em colocar nesse texto um título do tipo "O Rock Gaúcho se Locomovendo". Depois pensei comigo mesmo "nossa que criativo, anagramas, criptogramas... tá afim compra uma Coquetel Passatempos". Muitas vezes ser simples e direto transmite muito mais do que masturbações léxicas ou punhetas verbais. Musicalmente isso também funciona.
Vamos direto ao que interessa. Meu interesse em questão é falar sobre o disco de estréia dos Locomotores. Disco que também é interessante por ser simples. É rock, e tem o Petracco. Um dos discos mais aguardados no cenário gaúcho.Tá, mas aguardado por quem? Por mim, tava muito na pilha de ouvir este disco. Queria que eu falasse por quem, por ti? Pensou que eu fosse dizer que era o disco que tu estava aguardando, ah faça-me o favor. Mas se tu é fã do que já foi chamado de rock gaúcho, o de verdade aquele que é rock em Brasília, Acre ou Rondônia, sim vai ser um dos grandes discos que tu já ouviu, ah e tem o Petracco.
Quem é que quer explicar o rock. Quem acha que o rock nessecita de explicação precisa pedir para todos os críticos do gênero calarem a boca e ouvirem esse disco, que tem o Petracco.
Já tem nêgo pensando o Petracco que vá tomá no c... Não diga isso por que também tem o Papel, o Fuinha, o Bocudo e o Luciano. Tem produção, tem arte, tem um som simples ao mesmo tempo riquíssimo, cheio de referencias. Referencias a eles mesmos da Locomotores e tem o Petracco. Tá, mas isso é bom? Pro Petracco deve maravilhoso, porque deve dar muito gosto tocar numa banda assim. Ah, tu quer saber se é bom pra ti. Eu é que vou saber!!! Eu hein, vai tratar de ouvir o disco ou ver um show. Pode começar vendo o clipe aí da música Nessa Vida .
Opa, quase esqueci de dar minha opinião sobre o cd e atribuir uma nota à ele. Achei o cd redondo e bastante brilhante, minha nota é fá. Porra tu ainda ta lendo isso... Vai assistir ao clique e para de te importar com o que os outros pensam, eu hein?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Com Esse Eu Vou Pra FLIP

Estou embriagado pelo Pan. Que coisa mais linda. Não se fala mais em corrupção, em assalto, tiro ou trafico. É só Pan. Que pátria desportista, apesar de olhar e ver sempre arquibancadas vazias, o povão tá chegando junto é claro. Sem nós não tem Pan. Nós ficamos de bunda pra cima e eles Pan em nós. Maravilha.
Onde eles esconderam a bugrada do Rio de Janeiro? Será que sitiaram os morros? "Peraí mermão onde cê pensa que vai?! Jeito nenhum mano, volta pa tua maloca, só sai de lá quando acabá o Pan. Ou nóis Pan em tu."
É a festa do esporte, e a primeira medalha de ouro veio em um dos mais tradicionais esportes nacionais o Taekendo. Oi Tekondô. Ãh Tocomdô. É eu sei dói, também eles não param de Pan. Legal que o mano medalista mandou ver, e olha que nem tinha alguém tocando berimbal. Nossa capoeira tá mais "clean". Parabéns, mas eu ainda luto ca'poeira do modo antigo. Não asfaltaram minha rua. Quando não chove e vira tudo em barro, luto ca´poeira que deixa meu sapato cinza, que dispara minha "ranhite". E na hora de comprar o remédio que o SUS não distribui PAN de novo.
Vou largar o PAN e me vou enquanto ainda dá pra FLIP. Feira Literária de Parintis. Eh boi!! Tourada é esporte olímpico? Olha aí PAN de novo.

domingo, 15 de julho de 2007

Clipe Burnning Brain - Bárbaros Contra a Pax

Bom saber que o hc cada vez pensa mais. Bom saber que existem pessoas que fazem a sua diferença. Bom saber que tem gente disposta a mudar o seu mundo. Seu mundo ou mundo delas? Os dois, ou os três. Por que se o fim do mundo está próximo ele começa pelo terceiro mundo. Bom saber que essas bandas mobilizam uma galera. Bom pensar que essa galera pensa sobre o que escuta. Bom escutar som de alguém que pensa.
E, se produzindo audiovisual e aproveitando a visibilidade que as novas tecnologias nos dão a mensagem vai mais longe, bom pensar que este é recém o primeiro clipe da Burning Brain . Bom saber que eles fizeram um clipe. Melhor é saber que eles fazem, muito além de só pensarem ou discursarem. Melhor é ver o clipe, ouvir o som e pensar a música, então dá um play aí.

Parei por Causa do Pan

Parei de atualizar o site por causa do Pandemônio em que estava envolvido. Buscando novas possibilidades para o Projeto Corja, cuidando da família e dos compromissos oficiais (leia-se trabalho remunerado). Porém, estamos aí.
Começamos pelo seguinte a terceira edição da Noite da Corja. Tá tudo bem foi em 05 de julho, já vai um tempinho. Mas como eu deixar de falar de um dos projetos da casa? Então faço o seguinte: curioso pra saber como foi? Passa lá no blog do dj SRD que é dj e operador de som do Dr. Jekyll Bar , figura isenta e sensata .
Deixo a parada da Noite da Corja terceira edição com ele e me toco a fazer outras paradas. Sendo assim lá vou eu agora pra pândega de sempre que é este espaço.