domingo, 20 de maio de 2007

Vai vendo

No dia onze de maio de 1981 morria de câncer Bob Marley. Um dos maiores nomes da música mundial, seguidor de um religião com fundamentos controversos. Fundamentos religiosos que o levaram à morte. Sim uma intervenção cirúrgica e outros tratamentos da medicina eram proibidos, ou ainda são, aos seguidores do Rastafarismo - mais uma vez a fé fez uma vítima. Fé demais cheira mal.
Lembrei do Bob não só pela data, mas pela história do cara. Marley realmente soube usar sua música para um propósito nobre: propagar as idéias em que acreditava. O ideal maior de Bob, que ia além de divulgar a doutrina Rastafari, era pregar a paz. Paz, união, amor, convivência entre os povos. Bob compôs belas canções e os mais sábios poemas buscando uma vida melhor pra todos neste planeta.
Então 23 anos se passam, a mensagem de Bob Marley é consumida aos quilos por uma galera que o ouve, mas não o entende. Uma galera que entoa "One Love" com devoção e na saída da festinha se pega no pau porque neguinho tava sentado em cima do seu carro. Uma galera que gosta de fumar "unzinho" e ficar pulando na pista gritando "oiô".
É, o Bob se esforçou pra mudar esse mundo, morreu mantendo seus ideias, foi tolo, foi sincero, verdadeiro, foi um gênio, um poeta, um líder. Passam-se 23 anos de sua morte e a maior lembrança que fica do mestre do reggae e maior ídolo terceiromundista é: Bob tinha centenas de espécies de piolhos no cabelo!!! É mole. Eu tenho que escutar isso ainda. A obecessão desse pessoal pelos parasitas deve ser por aproximação na escala evolutiva. Piolhos, carrapatos, sangue sugas, políticos e burgueses. Ainda há quem diga que estamos evoluindo. Espero que Bob esteja em um lugar mais evoluído, por que o povo daqui mano, vai vendo...

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