quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Faça a História dos Outros


Essa eu quase deixei passar, não fosse pelo pessoal do "[ B@h!] Arte, Lazer & cultura do Sul.São as coisas da vida nada se cria, tudo se copia. Na era da música baixada de graça, do sampler e de outras apropriações indébitas o assalto intelectual criativo ainda é o que mais dói. Vá lá o tal do subconsciente coletivo, e claro que histórias e temas podem se coincidir com algo já existente (com a velocidade da informação atualmente não é de se espantar se sua idéia ultra-original estiver sendo posta em execução anos a fio no Tanzânia), mas pra tudo também há limites.
Também assisti ao especial da globo Faça a Sua História esperando por um crédito, ou citação ao Mauro do blog taxitramas, trabalho que conheço já vai a uns dois anos e sempre considerei muito criativo e esteticamente bem acabado. Fiquei surpreso ao não identificar crédito nenhum. Pela reprodução abaixo do texto postado pelo Mauro acredito que a surpresa pra ele foi maior.

"Faça sua história
Entre as atrações de fim de ano da Rede Globo, um programa me chamou a atenção pela originalidade do argumento. Em Faça Sua História, que vai ao ar no próximo dia 27, um taxista (Stepan Nercessian) é o fio condutor da trama. Um “verdadeiro contador de histórias”, este taxista vai narrar de maneira peculiar e bem humorada as histórias de seus passageiros.
A vida das pessoas vista pela ótica do taxista. Uma idéia simples e genial. Como é que eu não pensei nisso antes?!
Tivesse eu o talento de um João Ubaldo Ribeiro, por exemplo, poderia ter escrito minhas próprias histórias. Fosse eu um escritor de ofício, poderia ter bolado um blog, aposto que faria sucesso. Talvez algum jornal se empolgasse com meus relatos e me oferecesse um espaço, onde eu assinaria uma coluna semanal. Não duvido que pudesse até mesmo surgir um convite de alguma editora para publicar um livro. Quem duvida?
Mas agora é tarde, a Rede Globo, em um rasgo de criatividade, teve a brilhante idéia que eu jamais seria capaz de ter. Afinal, essas coisas não são para amadores. Tanto que eu, por exemplo, se tivesse que batizar um programa como esse, procuraria um nome diferente. Algo mais forte, mais sugestivo. Tipo, sei lá...TAXITRAMAS. "
publicado originalmente em taxitramas.blogger.com.br 07/01/08

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